Felicidade no Trabalho: Mito ou Estratégia Que Gera Lucro?

Será que dá para ser feliz trabalhando de segunda a sexta, das 8h às 18h? No Era Uma Vez Podcast, Roberta, Diretora de Gente e Gestão da Léo Madeiras, prova que felicidade no trabalho não é utopia — é um pilar estratégico que impulsiona resultados. Num bate-papo com Bruno Gonçalves, ela compartilha histórias reais, como o vendedor que mandou bolo após um telefonema simples, e mostra como experiência do colaborador, cultura organizacional e liderança transformam empresas. Acompanhe cinco lições práticas desse episódio e descubra como fazer da felicidade no trabalho um motor de alta performance.

1. Cultura Organizacional: O Alicerce de Tudo

“Cultura come estratégia no café da manhã”, já dizia Peter Drucker. Roberta leva isso a sério. Na Léo Madeiras, com 81 anos de mercado e 4.500 colaboradores, a cultura foi reformulada em três palavras: Forte, Simples e Juntos. “É a forma como atuamos no dia a dia, não o que está na parede”, diz ela. No podcast, ela conta que até os franqueados — outro CNPJ! — abraçam esses valores naturalmente, porque há um “match” genuíno.

Como construir uma cultura que engaja?

Seja transparente desde o começo. Roberta explica: “Mostramos quem somos na marca empregadora, sem maquiagem”. No LinkedIn da Léo, você vê a vida real, não promessas vazias. Pergunte: seus valores refletem suas ações diárias? Na Léo, um “bom dia” da portaria é espontâneo, não treinado — sinal de uma cultura organizacional viva. Comece com o básico: defina o que sua empresa é e viva isso, do CEO ao chão de fábrica.

2. Liderança: O Segredo da Experiência do Colaborador

“Dá pra ser feliz no trabalho, mas o RH não carrega essa responsabilidade sozinho”, afirma Roberta. O líder é quem cria o ambiente. No podcast, ela cita o gerente da Ambev que ligou para 60 vendedores num domingo — resultado? Na segunda, ele ganhou bolo e arroz das famílias. “Líderes inspiram pelo exemplo”, diz ela. O desafio? Desenvolver a média liderança, que desdobra estratégias e mantém o time no jogo.

Como líderes impulsionam a felicidade no trabalho?

Dê clareza e apoio. Roberta normaliza o “não sei”: “Se eu não entendo um gráfico, peço pra desenhar”. No podcast, ela conta como combina vulnerabilidade com o time: “Sou agitada, me cortem se eu interromper”. Crie espaço para erros e feedbacks diários — nada de surpresas semestrais. Um líder que cobra com respeito e celebra conquistas (como o bônus da Léo) eleva a experiência do colaborador e o lucro.

3. RH Estratégico: Conectando Gente ao Negócio

“RH que não entende o negócio não é estratégico”, sentencia Roberta. Na Léo, os Business Partners (BPs) sentam na mesa de operações, não na “salinha do DP”. Ela criou o ELTV (Employee Lifetime Value), uma métrica que evita o “ápice e queda” dos colaboradores. “Quero que subam degraus, não que caiam após o pico”, explica. No podcast, ela revela: a meta do time de seleção não é contratar, é o lucro das lojas novas.

Como fazer seu RH ser estratégico?

Mergulhe nos números. Roberta mostra o planejamento de 2025 ao RH antes de todos, alinhando gente às metas. Teste: seu RH sabe o faturamento alvo do ano? Na Léo, BPs identificaram que gerentes precisavam de agendas claras para bater metas — e construíram juntos. Conheça os desafios do negócio e desenhe soluções como o ELTV para uma felicidade no trabalho sustentável.

4. Comunicação e Feedback: A Base da Confiança

No podcast, Roberta ri de um feedback do time: “Chefe, sem radinho, você nos deixa loucos!”. Essa leveza vem da transparência. “Feedback é no dia a dia, não em avaliações tensas”, diz ela. Na Ambev, ouvir vendedores revelou que botas ruins e camisas “de polícia” minavam o moral — trocas simples cortaram o turnover e subiram o CD do 54º ao 3º lugar no Brasil em três anos.

Como criar um diálogo aberto?

Escute e aja. Faça como na Léo: reúna seu time e anote o que dizem — até botas podem ser o problema. Dê feedback na hora: “Se algo deu errado numa reunião, chamo depois”, conta Roberta. Normalize o “não sei” e celebre o “acertei” — como o açaí servido por gerentes de avental na Ambev. Uma experiência do colaborador clara reduz ansiedade e engaja.

5. Demissão Sem Drama: Um Ato de Liderança

“Se a demissão é surpresa, o líder falhou”, afirma Roberta. No podcast, ela reflete sobre sua primeira demissão: chorou por semanas até entender que “a pessoa se demite sozinha” se você fez seu papel. Bruno conta sua demissão bizarra na TV a cabo, onde até a chefe caiu junto — um desalinhamento épico. Demitir bem é parte de um ambiente saudável.

Como demitir sem rugir como dinochefe?

Construa o caminho. Dê feedbacks constantes e planos de desenvolvimento — na Léo, Roberta pergunta: “Tentei tudo?”. Se sim, a saída é natural, como um “já imaginava”. Seja claro: “Não deu match, mas te apoio no próximo passo”. Isso protege o time que fica, evitando o “quem é o próximo?”. Um desligamento justo reforça a felicidade no trabalho dos que seguem.

Felicidade no Trabalho Dá Lucro — e a Prova Está nas Pessoas

“Gente feliz dá lucro”, diz Roberta, ecoando o bordão de Bruno. Na Léo, bônus são mérito, não bondade, e o “juntos” elimina vaidade. O podcast mostra: desde o “bom dia” da portaria até o ELTV, felicidade é estratégia. “Não espero o 100% perfeito, mas vejo as pessoas mais felizes”, ela conclui. O domingo à noite não assombra mais.

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